São José de Ribamar, julho de 2025;
Os últimos dias têm sido de puro terror para os moradores de São José de Ribamar. A cidade, que sempre preservou uma identidade acolhedora e pacífica, agora está mergulhada em uma crescente e assustadora escalada de violência. Assassinatos, assaltos à mão armada, invasões a residências e até latrocínios vêm sendo registrados em sequência, deixando a população em estado de pânico e revolta.
Enquanto Ribamar sangra, o governo estadual vira o rosto.
O que se presencia é um verdadeiro caos no patrulhamento e uma completa ausência do Estado, justamente no município que figura entre os mais populosos da Grande Ilha. Em vez de medidas emergenciais, o que se vê é a indiferença do Palácio dos Leões. O governador tem demonstrado atenção especial a municípios como Imperatriz, Paço do Lumiar e outras regiões mais distantes, enquanto fecha os olhos para a grave crise de segurança em São José de Ribamar.
É inadmissível que uma cidade do porte de Ribamar esteja entregue à própria sorte. Moradores estão presos em casa, comerciantes trabalham com medo, e a juventude, sem perspectiva, vira alvo fácil da criminalidade. A presença da Polícia Militar é tímida, insuficiente e, muitas vezes, ineficaz diante da ousadia dos criminosos.
É dever do governo estadual garantir a segurança pública. A Constituição é clara: a responsabilidade do policiamento ostensivo é do Estado, que, neste momento, falha gravemente com a população ribamarense. Os números, ainda não oficialmente divulgados, já indicam que os últimos 15 dias de julho configuram um dos períodos mais violentos do ano no município.
A sociedade civil, vereadores, lideranças comunitárias e até representantes religiosos têm ecoado o mesmo pedido: “Ribamar pede socorro”. E este clamor não pode continuar sendo ignorado.
É hora de ação. De reforço urgente no efetivo policial, de investimento em inteligência, de ronda ostensiva, de presença real do Estado nas ruas e bairros de São José de Ribamar. A omissão hoje pode custar caro amanhã.
A cidade não pode ser esquecida. Não podemos permitir que o medo vença.